O Instituto Adolfo Lutz confirmou nesta terça-feira (30) dois resultados positivos para a variante ômicron do coronavírus no Brasil. O sequenciamento genético que apontou a variante nos testes de dois passageiros vindos da África do Sul foi feito pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o casal desembarcou no Brasil em 23 de novembro com comprovantes de PCR negativo. Mas, como se preparavam para retornar ao país africano em breve, realizaram um novo exame no dia 25, quando ambos testaram positivo.
"A Anvisa ressalta que a entrada do passageiro no Brasil ocorreu no dia 23/11, ou seja, antes da notificação mundial sobre a identificação da nova variante, que foi relatada pela primeira vez à Organização Mundial da Saúde (OMS) pela África do Sul no dia 24 de novembro. A entrada também foi anterior à edição da Portaria Interministerial CC-PR/MS/MJSP/MINFRA 660, de 27 de novembro de 2021, que proibiu, em caráter temporário, voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul e que também suspendeu, em caráter temporário, a autorização de embarque para o Brasil de viajantes estrangeiros, procedentes ou com passagem, nos últimos 14 dias antes do embarque, por esse país", diz nota da Anvisa.
A partir dos resultados positivos, o Einstein, então, realizou o sequenciamento genético das amostras e notificou a Anvisa sobre os resultados positivos dos testes e, nesta terça, informou que, "em análises prévias, foi identificada a variante Ômicron do Sars-Cov-2", informa a agência.
A responsabilidade no monitoramento nos aeroportos é da Anvisa e, até o momento, o governo federal não exige o comprovante de vacinação contra Covid-19 de viajantes estrangeiros para a entrada no país, apenas um teste negativo de PCR e um atestado de saúde.
A Anvisa afirma que oficiou o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde estadual e municipal de São Paulo para adoção das medidas pertinentes.